O Amor Venceu a Guerra – Uma Reportagem

A letra da canção “O Amor Venceu a Guerra”, do rapper Gog e seu parceiro Altino, relata a trajetória de um traficante. É um relato poético, mas que traz inúmeros elementos que poderiam constar de um texto jornalístico.

É isso que eu peço que você faça, no espaço abaixo do vídeo e da letra. Crie um nome para o personagem central do rap e conte sua história e das pessoas com quem ele conviveu, transformando-a em um texto jornalístico de não mais que 1500 caracteres.

Não deixe de dar um título.

E, aproveitando o embalo, faça um resumo da história que escreveu em um post de Twitter com não mais que 140 caracteres.

Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas
feitas pelo coração!

É bem mais fácil falar da dor, é bem mais fácil que
falar do amor,
da mais ibope chama atenção dos parceiros do mundão né
não?

Meu vizinho vacilou se entregou não tive pena na
sequência dependência choro,
algema seu refúgio o canto do banheiro na porta
gritaria mãe se viu? seis bomberos.
Nessa hora realmente o que se faz mais ausente,
nessa hora o melhor,se livrar do presente, e
mirar no futuro pra se sentir mais seguro procurar uma
luz que clareia este escuro
na saída de casa começa o desafio,
olhares que condenam inquisitores no cio,
eu de cá do meu sobrado ganhando a cena,
amizade é amizade, esquema é esquema,

tava aqui em casa, ele quem pediu quem quis,
não fui oferecer ele colou com o nariz
agora vou dizer, não tenho o mínimo remorso
se ele fosse cabeça podia até ser sócio

veja só o que eu consegui com meu trabalho
casa, jóias conta corrente carros
nacionais importados
todos caros altos sapatos casacos raros
o que cansa é o entra e sai constante
cliente que conversa estressa bastante futrica
pergunta
o que não deve não aguarda ali mesmo se serve
me apresento sou comerciante
membro da comunidade atuante, homem que amarra
dinheiro com barbante sem receio odeio o nome
traficante

pega mal, parece mercado informal, me esforço pra ser
um bom profissional,
fornecedores compradores com horario na agenda
amizade é amizade esquema é esquema
consegui fugir da fome sair da miseria sem precisar
usar um caderno 10 materias
e você com esse olhar estranho
pergunto o que que eu ganho o que que eu ganho?

Prestigio muita fama sobre a cama mulher dama
muitos trutas muita grana sai do pó sai da lama
nunca perde sempre ganha sempre bate nunca apanha
ninguém chama pro combate ameaça te estranha
seu nome corre trecho na quebrada só respeito até seus
erros são acertos
mando falo tá feito

é pouco pra você ??/
para porque quer me convencer?? o que que c tem pra oferecer??
sou fruto aqui dessa terra
o amor versus a guerra!

“o amor, o amor versus a guerra …
o amor versus a guerra”
“o amor, o amor versus a guerra…
o amor versus a guerra”

é bem mais fácil guardar rancor,
é bem mais fácil que dizer que perdoou,
da mais ibope, chama atenção,
mais faz mal pro coração né não?

nesses dias numa festa na favela aqui em cima,
uma dona me olhou com ódio tipo quem intima,
a muleca era linda durmi e acordei com aquele
olhar…
bem cedinho subi o morro fui me informar,
uma convidada mora ali ao lado vamo lá.
chegando lá aquele mesmo olhar,
me apresentei num disse uma palavra, sabe quando parece
que você não agrada?
mas que nada a noite tem balada!
várias baladas todas,
virando a madrugada!, tem pra fumar, pra cheirar nunca
falta,
tem quente, tem gelada,
segurança muita arma,
mas aquela mulher, não me saia da cabeça.
vou la na casa dela aconteça o que aconteça!

bati palmas ela saiu…
na sequencia, só acredita quem viu!
me tratou mal me chamou de dito cujo,
disse que não se renderia ao meu dinheiro sujo.

que não estava em seus planos,
um homem que não viveria até os 30 anos,
sem pausa despejou toda sua ira!,
perguntou se algo como eu respira,
fúria no olhar desprezo palavras cortantes o pior
adiante,
me chamou de traficante!

sai arrasado quase bati o carro bebida bebida,
cigarro
cigarro!.
eu, apaixonado por uma moradora da favela??? (não)
alem de petulante, vendedora de panela(que isso!)
a gente constroi os castelos de areia e descobre os
erros no frio
da cadeia,
até acreditava que fosse sujar eu cair, mais calculava
tem
acerto e eu pago pra sair!
agora aqui lençol fino chão gelado.
sem dentes com o rosto deformado,
todo dolorido por fora e por dentro aqui tortura tem o
nome de
depoimento,
adivinha quem me visita no fim de semana quem eu amo
se ter levado
pra cama, quem?
domingo passado realizou meu desejo, nosso primeiro
beijo!

Paguei o que devia pra justiça do homem,
pro verdadeiro juiz meu pecado foi outro,
uma geração de dependentes foram meus clientes
presos, mortos agonia pros parentes

lembrei na hora do meu antigo vizinho
sem contato 11 anos fora mas sei o caminho
Trêmulo bati palmas(Dona Felicidade!)
entrei tomei café me emocionei com a humildade
morei anos aqui e nunca notei isso
vegetei anos aqui eu era um morto vivo
demorei mais perguntei pelo Fábio! Internado
numa casa de recuperação de drogados
só não desmoronei porque já estava preparado
diferente agora me sinto culpado
a semana toda passei agoniado
lá estava eu madrugada de sábado
o encontrei no jardim aguando as plantas
ali mesmo tivemos uma conversa franca
ali mesmo ensopei minha camisa branca
me senti aliviado tirei um nó da garganta

a violencia que uma atitude impensada gera
não sou mais elo entre a ganância e a capela

ah! o Fabio? É gerente hoje na fabrica de panelas
também é padrinho da minha filha mais nova Gabriela

Escapei estou aqui e só pra concluir
relatos como o meu são milhares aí
faço parte de uma história que nunca se encerra
e até aqui, o amor venceu a guerra!

“o amor, o amor venceu a guerra
o amor venceu a guerra
venceu venceu”

Esse post foi publicado em Exercícios. Bookmark o link permanente.

19 respostas para O Amor Venceu a Guerra – Uma Reportagem

  1. Bia Souza disse:

    A verdade que consegue vencer o sistema

    São 17h quando encontro Genival no escritório da fabrica de panelas que dirige na periferia do Distrito Federal. As marcas bem cicatrizadas no rosto chamam atenção e ele me explica que fazem parte de sua história a qual está prestes a me contar.

    Aos 27 anos Genival “Mito” Gonçalves foi preso e teve sua vida completamente reformulada, o então traficante (palavra que ele odeia desde os tempos de marginalidade), cumpriu pena na Penitenciária da Papuda durante onze anos, fugiu da estatística e decidiu montar seu próprio e “honesto negócio”, como gosta de chamar.

    Quando perguntado o que o motivou a resposta é única; Dayane, a esposa e companheira de longa data, que observa vez ou outra nossa conversa. Genival nos conta que nunca sentiu remorso enquanto ainda praticava atos ilegais, mas que ao se apaixonar pela moça simples da comunidade, se deparou com o ódio e a revolta sobre suas ações e a rejeição nunca antes sofrida.

    Enquanto conversamos somos interrompidos por Fábio, companheiro de empresa e padrinho da filha caçula de Genival. O jovem nos entrega fotos daqueles tempos já esquecidos. Segundo o fabricante de panelas o compadre foi um dos rapazes que ele ajudou a viciar, mais tarde quando saiu da cadeia soube que o moço estava em uma clínica de recuperação, ofereceu a ele a parceria na fábrica e a oportunidade de mudar de vida.

    Emocionado Genival nos conta dos anos que passou em reclusão, da atual esposa, que o visitava sem que ele pudesse tocá-la, da alegria de encontrar um amor que o fez mudar de vida. O homem simples de olhar imapactante define sua trajetória assim: “ Tive a sorte de ter uma amor capaz de vencer a guerra”.

  2. Tatiane Ribeiro dos Santos disse:

    De traficante à conscientizador social: a trajetória do homem que venceu a sedução das drogas

    Pedro de Souza Melo já foi considerado o cara mais influente da Favela do Moinho, comunidade do bairro Campos Elíseos, no centro de São Paulo. Dos 18 aos 23 anos manteve status no local ao centralizar o comércio de drogas da região. Comercializou papelotes de cocaína e maços de maconha por toda vizinhança, além de manter clientes de diversas partes da cidade. Era ele quem organizava as festas, recheadas de bebidas e entorpecentes, que acontecem no alto do morro, aos sábados. Preso no dia 15 de novembro de 2004, foi condenado há 12 anos por tráfico. Na cadeia, recebeu visitas apenas da sua namorada, uma vendedora de panelas moradora do mesmo bairro. Liberado há um mês, teve redução da pena por bom comportamento. Ao comentar sobre o que mudou em sua vida nesses anos de reclusão, declarou estar arrependido do tempo que passou na criminalidade. “Já paguei o que devia para a polícia, mas no meu coração ainda sinto culpa por aqueles que ajudei a desviar e agora pretendo reparar o mal que eu fiz à essas pessoas”. Hoje, aos 29 anos, casado com Mônica da Silva, a mesma mulher que o ajudou na cadeia, e pai de Gabriela, Pedro promove encontros de conscientização sobre o uso das drogas, na sala de reuniões que mantém em sua pequena fábrica de panelas. Fábio Costa, antigo “cliente” de Pedro, além de gerente da empresa, é quem coordena com ele os encontros que acontecem todo sábado, uma hora antes do início da festa tradicional da favela começar.

    Twitter: “Ex-traficante, agora pai e dono de empresa, prova que a vida pode mudar mesmo ante as seduções do dinheiro, do poder e das drogas”

  3. Elaine Cancio disse:

    Ele estava ali para dar a cara para bater. Lucas concordou enfrentar uma plateia de mulheres num programa vespertino de casos polêmicos. De um lado, a vida de quem apesar dos 30 anos já tinha uma grande coleção de mulheres, carros e jóias e um acúmulo de poder nas mãos. Do outro, 60 mães lotavam o estúdio com rostos sofridos e retratos dos filhos viciados.
    A apresentadora dá palavra à primeira mãe. Todas querem perguntar, estão ansiosas por respostas. É preciso controlá-las, combinar regras para participarem. “Comecei de bobeira, para rapidamente ter a vida de bacana. Por sinal, comecei vendendo só para os bacanas. A euforia da grana era tanta que, em pouco tempo, já vendia para quem quisesse: amigo, primo e namorada”, contou Lucas.
    Segundo ele, a estratégia era não se envolver com o cliente, mesmo sendo próximo. “Nos 14 anos de atividade, passei por cima da dor de todo mundo. Era como se não existisse. O que valia era a prosperidade do negócio”, lembra. O que o fez mudar? “Entre tantas mulheres que tive, fui me apaixonar por uma que me olhava com inferioridade. Por mais que eu lhe oferecesse um castelo, ela não queria. Estava tão ‘virado’ que dei mole para a polícia e acabei na cadeia. Só nesta hora, ela se convenceu do meu sentimento e me tirou do ramo”.
    Na arquibancada, Dona Felicidade, de 60 anos, pega o microfone e pede uma explicação sobre como ele encara a vida, sabendo do mal feito a tantas famílias como a sua (ela é mãe de Fabio, um antigo cliente de Lucas que já tinha tentado suicídio e se recuperou recentemente, depois de mais de seis episódios de internação). “Rezo bastante. Já conheci o inferno na prisão e paguei um preço alto. Hoje tenho o amor da minha mulher e da minha filha Gabriela. Tocamos juntos uma fábrica de panelas. Quero recuperar o atraso que provoquei na vida do seu filho. A partir de agora ele será gerente administrativo da empresa. Temos uma nova chance de reverter o jogo e de sair por aí espalhando o mico que é ser vendedor e consumidor de droga. Tem jeito sim, só o amor vence a guerra da droga”. ”.

  4. Está é a história de vitória e superação do jovem Raimundo Donato Nogueira morador da favela do Coquinho ,localizada na zona Oeste de São Paulo,periferia.

    Ex presidiário Raimundo, encarou dez longos anos de sua vida dentro do presidio Bixo-Feio localizado também na Zona Oeste de São Paulo, onde ele cumpriu pena por tráfico de drogas e porte ilegal de armas . Raimundo Donato Nogueira nasceu e cresceu na favela do Coquinho, onde desde os 8 anos de idade se envolveu com o tráfico. Não chegou completar seus estudos primários,mas se graduou no crime, onde “trabalhou” até por volta dos 27 anos de idade. Em sua comunidade adquiriu respeito por causa do tráfico, conquistou muitas coisas , casa ,dinheiro e mulheres .Presenciou cenas horrivéis e tragédias assustadoras para qualquer ser humano, menos para Raimundo que já estava habituado com essa realidade de guerra sem amor.
    ” Morei anos aqui e nunca notei isso, vive anos aqui mas eu era um morto vivo” diz Raimundo.
    Logo após sofrer uma desilusão amorosa por conta da vida que levava e de suas escolhas , Raimundo vio seu castelo de areia desmoronar, como ele mesmo diz . Foi pego em flagrante numa quarta feira 12/04/2000, portando mais de 8kgs de cocaina, no banco de traz de seu carro na favela do Coquinho.
    Após esse triste incidente, Raimundo ja recuperado hoje, se formou em História na Universidade e da aula para aos jovens de sua comunidade.
    Hoje ele se orgulha em espalhar o amor, no lugar onde ele ja fez tanta guerra e provocou tantoódio. Uma história de vitória e superação.

    texto da jornalista Indira Nascimento, da Folha de São paulo

  5. Sirlene Farias disse:

    Quando o amor é capaz de transformar uma vida

    Os moradores de Guaianazes, bairro da periferia da grande São Paulo (SP), não reconhecem mais Antonio Carlos da Silva, 34 anos, ex-traficante de drogas da região. Silva esteve envolvido com o mundo do crime desde a adolescência, mas após 11 anos de reclusão sua vida mudou.

    O ex-criminoso relata em um depoimento emocionado que apenas decidiu abandonar o tráfico de entorpecentes, porque se apaixonou por uma moradora da comunidade em que vivia. Silva que era orgulhoso de sua “profissão”, pois sempre lhe conferiu todos os luxos que um trabalho comum não lhe proporcionaria, se viu afrontado quando uma misteriosa mulher o olhou com desprezo. “Aquela mulher não me saia da cabeça”, disse.

    Antonio Carlos que não tinha compaixão nem de seus sócios na época, se viu apaixonado por aquela dama e a procurou. Ao chegar à residência de Maria Isabel Tolentino, o ex-traficante foi ofendido pela moradora da comunidade, o que o fez ficar transtornado. No mesmo dia em que falou com Maria Isabel, Silva foi abordado pela polícia em uma blitz e foi preso.

    Depois de um tempo recluso, Antonio Carlos foi visitado por Maria na prisão e os dois passaram a namorar. O ex-presidiário atribui sua saída da penitenciária ao amor de sua companheira. “O amor venceu a guerra”, enfatiza emocionado.

    Ao sair da cadeia, Silva reencontrou um antigo amigo, Fábio Arantes, dependente de entorpecentes. Na ocasião, Antonio Carlos propôs a Arantes que abandonasse o mundo das drogas e que formassem uma parceria.

    Hoje, Antonio Carlos da Silva é proprietário de uma fábrica de panelas em Guaianazes e tem como sócia, sua esposa Maria Isabel Tolentino. A empresa que tem como gerente, Fábio Arantes, produz duas mil peças ao mês e emprega cerca de 20 funcionários.

  6. André Nicolau disse:

    É bem mais fácil falar do amor

    Para Juan Oliveira dos Santos, hoje falar de amor é muito mais fácil do que tratar sobre a dor. A dor de seu passado marcada pela vida de amigos que se foram em troca de suas jóias, conta-corrente, carros nacionais e importados. Ex-comerciante de drogas, Santos é a verdadeira prova de que o amor, no fim, sempre vencerá a guerra. Bom profissional do mercado atuante, ainda jovem conseguiu fugir da fome, esquecer a miséria, mesmo sem nunca ter escrito uma palavra num caderno de 10 matérias. Fruto de uma terra improdutiva, para muitos Santos jamais chegaria aos 30. E na doce ilusão da implacável vida bandida, um dia chegou a sua hora, sua vez de pagar a dívida com a Justiça. Mas o amor venceria a guerra e, no primeiro beijo, surgiria a esperança mais bela. Onze anos se passaram, mas Santos sabia o seu caminho – agora se sentira culpado, porém, já não era mais um morto vivo. Relatos como o dele são milhares por aí, são capítulos de histórias tristes, problema que nunca se encerra, mas hoje Juan está aqui para contar que o Amor venceu a Guerra.

  7. Patrícia Silva disse:

    Traficante é preso ao vender cocaína

    O preso afirma que saiu da miséria por meio da venda de drogas, já a polícia aposta em medidas socioeducativas para inseri-lo no mercado de trabalho

    A Polícia Civil capturou na manhã dessa terça-feira (2 de outubro), o traficante Antônio Marcos dos Santos, 27 anos, mais conhecido como “Marcão”. Ele foi preso na Favela da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro enquanto negociava a venda de cocaína com o estudante Alberto Gaspar.

    Por meio de rastreamento telefônico, a polícia chegou até o apartamento de “Marcão”. Lá foram encontrados jóias, casacos de couro e dois carros importados, bens provenientes do tráfico.

    O traficante, que não gosta de ser chamado assim, pois acredita que “pega mal”, afirma que conseguiu fugir da miséria por meio da venda de drogas. A polícia espera que por meio de medidas socioeducativas possa inserir o preso no mercado de trabalho.

    Twitter: traficante é preso ao vender cocaína, polícia aposta em medidas socioeducativas para inseri-lo no mercado de trabalho

  8. Bianca Pedrina disse:

    Ex-traficante conta como o amor o ajudou a vencer a guerra contra as drogas

    Mais um “Jão” que se acabou no mundo do tráfico. Esta poderia ser a história de João Silva, ex-traficante que descobriu no arrependimento a força para sair do mundo do tráfico e ter uma nova vida.

    Sua história se confunde com a história de outros tantos que buscam neste submundo a maneira mais fácil de ganhar a vida. Segundo relatos do ex-traficante, na favela era encarado com maus olhos, mesmo assim, não se intimidava, pois o que o movia era o que conseguia com o dinheiro, carros nacionais, importados, sapatos casacos raros, era deste glamour que se alimentava Silva.

    Não gostava de ser intitulado como traficante, segundo ele parecia trabalho informal, mas ele tinha fornecedores, compradores com horários na agenda, e deste “trabalho”, mesmo sem estudo conseguiu o prestigio que tanto almejava. O pó tirou João da lama e devolveu para ela, é a lei do retorno.

    Para João “trabalho era trabalho e esquema era esquema”, não importava se vendia para um amigo.

    Tudo mudou em sua vida quando se apaixonou por uma moça da favela, ela repugnava seu trabalho por não ser honesto. Neste instante se arrependeu de ser traficante.

    João foi preso e, na cadeia se arrependeu de todo o mal que causou as pessoas. Pagou o que devia, mas segundo ele, o verdadeiro pecado que cometeu foi a criação de uma geração de dependentes.

    Quando saiu da cadeia, João contou que foi visitar seu amigo Fábio, que era usuário de suas drogas, descobriu que seu amigo estava em uma casa de recuperação. Se sentiu culpado e agoniado.

    João conta que assim como ele Fabio se recuperou e é padrinho de sua filha.

    Esta história demonstra que o amor venceu a guerra contra as drogas.

  9. Pingback: Tweets that mention O Amor Venceu a Guerra – Uma Reportagem | Mural -- Topsy.com

  10. Jessica Gonçalves disse:

    Juscelino Oliveira, trabalhador de uma fábrica de panelas, mora com sua mulher e sua filha mais nova, Gabriela. Vive de dois salários mínimos, numa casa humilde e é rodeado de amor.

    Essa seria mais uma história clichê de uma sociedade periférica se não fosse um detalhe. Juscelino Oliveira, o Juca, nem sempre foi feliz, pai de família e muito menos vivia de apenas dois salários mínimos.

    Ainda menino resolveu deixar de lado os estudos para entrar num novo mundo que surgia em sua frente, o da criminalidade. Estava cansado de levar a vida simples que seus pais lhe proporcionavam e carregava consigo o prazer de conseguir um dinheiro fácil.

    O primeiro passo foi acender um cigarro de maconha, depois servir como “aviãozinho” da boca de seu bairro. Não demorou muito o menino Juscelino era um traficante temido na comunidade. Mas Juca sempre foi ganancioso. Seu “negócio” de boca era bem e tratado como um comércio sério, não muito fora dos padrões do sistema, porque gerar lucro é o que todo comércio almeja. E para Juca não importava se era ilícito ou não, o importante era ver a cor da grana.

    Esbanjava dinheiro em jóias para si e para as mulheres que tinha. Possuía o carro que queria, a roupa que desejava e podia jantar em qualquer restaurante, porque ele tinha como pagar a conta. A amizade para ele era algo à parte, tanto que não se importava em saber que sua “profissão” pudesse estragar a vida de tantas pessoas e amigos que por ele foram influenciados. Um exemplo disso é Flávio, seu vizinho, que entrou no mundo das drogas comprando seu primeiro baseado na boca que Juca comandava.
    Mas todo negócio um dia se desmorona e todo coração encontra o amor. Não foi diferente com o traficante Juscelino Oliveira. Foi preso e condenado à onze anos por porte ilegal de armas e tráfico de drogas. Foram anos cruéis de sofrimento, fome e frio. Mas foram primordiais para refletir sobre a vida.

    Ao respirar o ar da liberdade Juca resolveu tomar um rumo em sua vida. Reencontrou um antigo amor e se casou. Reencontrou Fábio, já reabilitado e gerente da fábrica de panelas, que conseguiu lhe garantir emprego digno. Juca deu entrada à sua casa no mesmo bairro que nasceu. “Faço parte de uma história que nunca se encerra. E até aqui, o amor venceu a guerra!” diz Juscelino emocionado ao contar a sua história.

    Toda história é uma grande história e ela é transformada num pequeno detalhe que faz toda a diferença.

  11. Samantha disse:

    Ressurge enfim das cinzas!!

    Refletindo sobre seus atos,sobre a violência espelhada em atitudes que são muitas vezes impensadas e que podem influenciar na realidade de uma população.Ricardo decide mudar de vida.Este que preferia ser chamado de comerciante ao invés de traficante,resolve modificar sua história de vez,sair do caminho que um dia foi tido até como orgulho,visto como uma trajetória ascendente e de sucesso.
    Todos os dias pessoas como ele se dão conta de que suas vidas não eram completas,que a realização de fato era uma ilusão,algo feito de prazeres momentâneos,negócios ilegais e relações superficiais.Sofrimento,decepções…um choque de realidade!! Muitas vezes eles não tem real noção de quem são para a sociedade,o mal que causam,a dor que proporcionam a pessoas que dependem direta e indiretamente deles. Vivem anos sob uma “cortina de fumaça” que eles mesmo provocam,uma realidade a parte de tudo.Quem são eles na verdade?O que fazem com que continuem nesse caminho muitas vezes sem volta?
    É mais uma jornada solitária que Ricardo gostaria de evitar,porém a seguiu até o final.Sem desistir,ele volta a si,a sua família,aos braços de quem um dia deixou para trás.É um novo recomeço,uma nova visão.”Este é um novo Ricardo” – Ele diz com orgulho de todos a seu redor que hoje o apoiam e admiram. Surgimento de um novo cidadão,com força e desejo de viver cada vez mais forte.Acreditando em si,na vida,no futuro!!Com amor no coração e brilho no olhar.

  12. Nayara disse:

    As expectativas de um ex-traficante

    Rafael Santos, ex-presidiário, hoje se vê livre da vida que levava como traficante, e prova que pode recomeçar sua vida depois de tantos erros.

    Rapaz sem estudos considerava-se um verdadeiro comerciante. Não admitia ser chamado de ‘traficante’, pois foi com a venda de drogas que conseguiu sair da miséria em que vivia.

    Morador da favela Pirajussara, na zona Sul de São Paulo, costumava frequentar baladas, onde usava e vendia sua mercadoria. Relatou que Fábio, seu vizinho e também cliente, se entregou às autoridades, portando drogas. Mas isso não abalou Rafael, que continuou com seus ‘negócios’.

    Certo dia foi preso em flagrante, traficando para menores. Passou um bom tempo na prisão, e com o tempo finalmente se conformou que estava apenas pagando por tudo que fez, pois muitos de seus clientes já haviam sido presos ou mortos, e sua vida estava sendo jogada no lixo.

    Confessou que nesse período em que esteve preso, o que mais esperava quando cumprisse sua pena era encontrar Luciana, mulher por quem se apaixonou antes de ser pego pela polícia.
    Na época Luciana rejeitava Rafael, pela vida ilícita que levava.
    Hoje, depois de todo o ocorrido e a recuperação de Rafael, o casal está cheio de planos e sonhos, tem dois filhos e são proprietários de uma fábrica de panelas, com boas expectativas para o futuro da família.

  13. Cíntia Gomes disse:

    Do tráfico de drogas ao voluntariado na comunidade

    Carlos Silva, 28, é um ex-traficante, da zona sul de São Paulo, foi preso aos 22 anos e após cumprir pena de 5 anos, é um atuante colaborador nas ações sociais no bairro do Capão Redondo. Ele conta como foi viver com tráfico e principalmente o que o levou a abandonar.

    As recordações não são boas, Carlos conta que viu amigos, vizinhos e clientes se envolverem no mundo das drogas. Uma vez em uma festa, ele se encantou por uma moça do bairro, Adriana, 20, não conseguiu esquecê-la, mas ela não queria saber do dinheiro sujo de Carlos e isso o deixou encabulado, isso foi fundamental para que pensasse no queria para sua vida e depois de pagar o que devia para a justiça, seguiu outro caminho.

    “Um dia meu vizinho chamado Fábio pediu um baseado, como amizade é uma coisa e esquema é outro, eu vendi. Não demorou muito e Fábio se tornou um dependente. “Nesta época não me importava, pois cada um segue sua sentença. Se ele fosse cabeça podia até ser sócio. Soube que ele foi para uma casa de recuperação e me senti culpado. Fábio se recuperou e hoje é gerente em uma fábrica de panelas e padrinho da minha filha mais nova”, comenta.

    De acordo com Carlos é atraente quando se entra no tráfico, pois as conquistas são muitas, com este trabalho, conseguiu casas, jóias, conta corrente, carros nacionais e importados, quando perguntavam o que fazia, ele dizia ser comerciante, e que sempre odiou o termo traficante.

    “Escapei dessa, percebi que não tinha saída que o caminho é um só, relatos como o meu são milhares que tem por aí, faço parte de uma história que nunca se encerra, mas o amor venceu a guerra”, essa é uma das frases ditas por Carlos nas palestras que ministra para jovens em Ongs, escolas públicas, estaduais e particulares.

  14. Eder Antonio disse:

    Muito há que ser dito a respeito das mazelas sociais de nosso país. A própria existência se apresenta de forma complexa e algumas vezes adversa, sem que seja necessário atrelarmos a isso as questões de desigualdade econômica, visto padecermos todos dos adoecimentos interiores, muito mais profundos e intensos que os produzidos pela exterioridade. Todavia, seria pouco inteligente não atribuir parte da causa de tais adoecimentos à condição econômica.
    Adilson Silva, 29 anos, conhecido como “Didi do Turano”, saiu em liberdade nessa manhã (18), após ter cumprido pena de cinco anos por tráfico de drogas.
    “Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração”, é a primeira frase de seu romance, intitulado O Amor Venceu a Guerra, escrito durante o período em que esteve preso. Não fugiu à vida ao tornar-se romancista, antes, resistiu aos encantos sedutores do poder, proporcionados pela vida de crime.
    A possibilidade de viver um grande amor, através de seu relacionamento com Sarah, sua mulher, semeou em Adilson força tal, capaz de mudar sua consciência e converter a perspectiva obscura sobre a existência para um olhar doce e esperançoso. A história também aborda aspectos íntimos e de relacionamentos fraternos.
    Hoje, a única dor que lhe interessa falar, é aquela causada pela ferida que dói e não se sente.

  15. Do tráfico aos palcos

    O ex- vendedor de drogas Cleiton Silva, 32, morador de uma comunidade carente do Distrito Federal acompanhou a gravação do vídeo de sua composição “ O amor venceu a guerra” interpretado pelo rapper brasiliense Gog no Capão Redondo, bairro da zona sul de São Paulo.

    A trajetória da vida de Cleiton foi escrita durante a detenção, um homem que foi de traficante a compositor. Entrou para o comércio de entorpecentes, aos 15 anos, segundo o compositor foi a melhor opção de emprego que encontrou: “Consegui fugir da fome sem precisar usar um caderno ‘dez matéria'”.

    O vídeo gravado em São Paulo relata a passagem do no comércio de drogas, o breve prestígio financeiro e social proporcionado pelo tráfico, a rejeição familiar, recuperação e culpa após a condenação judicial.

    A crise familiar causada pela venda de drogas fez com que o letrista ficasse anos sem conversar com sua mãe, “ela dizia que não viveria até os 30”, diz Cleiton. Após a condenação de cinco anos por tráfico, compôs sua história que foi gravada pelo rapper brasiliense Gog que encerrou o show comentando sobre a música “rap da favela, criado no gueto e tirado do coração”.

    Twitter: “Do Tráfico aos palcos: Cleiton Silva faz letra – O amor venceu a guerra – para o rapper brasiliense GOG!

  16. Ivaneide Bezerra da Silva disse:

    A história do jovem Reinaldo se assemelha a de tantos jovens, que envereda pela vida do crime e das drogas. Reinaldo assassina seu melhor amigo, qual a causa? Dívidas com drogas. Para ele amizade é a parte dos “negócios”, sem remorso ele fala de boca cheia de suas conquistas materiais e se vangloria de nunca ter pegado em um livro. Reinaldo tinha Status entre os amigos de “profissão”.
    O que ele não sabia, é que nem tudo se compra ou se deixa comprar e em uma destas suas caminhadas pela vida do crime, ele encontra Marina, a paneleira e por ela se apaixona perdidamente, ela é o oposto dele, moça batalhadora que passou por muitas dificuldades, sempre lutando com fibra e honestidade. Bem que Reinaldo tentou, mas Marina não se rendia aos seus encantos, ela o rejeitava pelos seus atos e isso mexeu com ele, afinal, nunca tinha encontrado alguém com coragem suficiente para reprová-lo como ela.
    Uma destas noites, ele resolve sair com seus carro e comercializar sua mercadoria. Roda pelas ruas , e bebe e bebe mais, de repente ouve uma sirene e ao tentar fugir quase bate o carro, foi indiciado por tráfico de entorpecente. Enfim, agora teria tempo para refletir sobre sua vida, e que vida. Marina começa a visitá-lo na prisão para Le var palavras de alento, Marina é crente, e depois de tanta insistência ela beija-o pela primeira vez, que felicidade, agora sua meta principal é sair de lá e reconstruir sua vida.
    No fim do ano passado, Reinaldo recebe a liberdade de volta, por bom comportamento. Hoje ele é um novo homem e com autonomia suficiente para prosseguir sua vida ao lado de sua amada, o amor venceu de novo.

  17. coabitar disse:

    Consciência da Real Felicidade

    Empresário, 31 anos e membro da Junta Comercial de São Paulo, Marcos Oliveira, hoje colhe os frutos de uma vida sofrida e quem o vê hoje em seu atual patamar não imagina pelo que já passou.
    Marcos já esteve em situações que nenhum empresário nunca chegou perto. Passou muitos anos de sua vida vivendo a margem da lei, traficando e usando drogas ilícitas em São Paulo, onde era conhecido como “O Cara” e respeitado por todos na região, foi preso e condenado a passar 15 anos em uma penitenciária de segurança máxima no estado.
    Enquanto esteve preso teve tempo para tomar consciência de seus atos e com apoio de sua atual mulher, Mariana Santos, que na fase ilegal de Marcos nunca pensava em um dia viver com uma pessoa assim, conseguiu sair desta vida.
    Mariana sempre visitava Marcos, porém era mais do que uma namorada, era uma amiga e em suas visitas conversava com Marcos sobre o que ele era e o que realmente ele queria ser. “Foi isto que mudou meu jeito de ver a vida.”, diz.
    Ao sair da cadeia e decidir mudar de vida Marcos começou a trabalhar e atualmente é dono de uma fábrica de panelas, onde emprega 50 funcionários. Isso lhe rendeu todo o dinheiro para pagar a faculdade de sua mulher e comprar uma casa, onde ele brinca diariamente com sua filha, Luana, no quintal.
    Hoje, tentou se afastar das drogas, mas não conseguiu, porém está perto delas de uma maneira positiva. Criou uma ONG que trata dependentes químicos e realiza projetos sociais para afastar as crianças das drogas. Este projeto já ajudou milhares de pessoas e a vocação de Marcos para lidar com o ser humano é incrível, tanto que em todas as suas palestras, ele fica horas e horas conversando com as pessoas sobre as suas experiências.
    “Pretendo não parar nunca, pois somente conversando com as pessoas e mostrando que o caminho que parece fácil é o mais difícil, que elas vão se ligar e tomar conhecimento do que é a verdadeira felicidade” diz Marcos.

    No Twitter: Consciência da Real Felicidade: Uma história que tinha tudo para dar errado teve um final feliz devido a um ingediente: o Amor.

  18. Priscilla Vierros disse:

    O dia começa cedo para João, que precisa se levantar e ir para a fábrica de panelas, na zona sul da capital paulista. O senhor de cabelos grisalhos e pele escura entra em seu carro e no caminho observa alguns moleques roubando o mercado. João se lembra do tempo da infância, olha para mim e diz que sua vida já foi assim “Quem me vê tranquilo hoje não imagina o que já vivi no passado”.
    A memória traz aquilo que gostaria de esquecer, um passado com drogas e crimes de um tempo em que ele praticava o tráfico. Para ele “negócio era negócio” e com isso não poupava ninguém no bairro. Mas não gostava de ser chamado de traficante, palavra feia que o remetia a sua mais forte ferida, viver à margem da sociedade.
    Durante muito tempo foi assim, até que João conheceu Estela, uma menina meiga e inocente, que jamais admitiu namorar bandido e para ela traficante era bandido. Por amor ele que não é bobo, nem nada, largou o tráfico. Mas isto depois de ser preso e perder tudo o que conquistou com o crime.
    Hoje aos 54 anos João agradece Estela, pela fábrica de panelas e por poder educar seus filhos com dignidade, esta mesma que ela o ensinou. E vive bem, sendo prova que na periferia o amor pode vencer a guerra, basta apenas você mudar o inimigo e vencer a batalha da vida.

  19. Priscilla Vierros disse:

    No twitter: João venceu a batalha da vida, e através do amor abandonou o tráfico e aprendeu o significado da palavra dignidade.

Deixe um comentário